Arquivo do mês: novembro 2015

BLOG MARTINS ANDRADE E VOCÊ–UM BLOGUEIRO CURIOSO.

Por falar em corrupção, este é o antigo Centro de Treinamento da Coelce, que se localiza no Bairro João XXIII, na rua Porto Velho.
Centro de treinamento da Coelce

Era o maior Centro de Treinamento em Eletrificação da América Latina.

A Coelce foi "vendida", mas curiosamente seu melhor imóvel, todo estruturado numa área de 6,0 ha naquele Bairro, está nas mãos de pessoas do grupo político do ex-governador Tasso Jereissati.

Até hoje, nenhum promotor, político, procurador geral se interessou para investigar essa estranha negociação.

Governadores que ficam à cata de imóveis para alocar secretarias, hospitais, criar campi universitários, nunca se interessaram para descobrir como uma empresa do Estado foi vendida, mas os imóveis dela ficaram com o grupo político do vendedor.

Assim ocorre também como o antigo Centro Administrativo da Coelce, na Av. Barão de Studart, que serve para comitê político, mas não serve para uma investigação séria.

No livro "A Privataria Tucana", o autor Amaury Jr. descobriu como as vendas dessas estatais foram feitas, através de Offshore em paraísos fiscais.

É assim: cria-se uma empresa laranja, coloca-se um laranja à frente dela, envia-se o dinheiro para esses paraísos, e ele retorna limpinho para comprar o que quiser e puder.

Lembro-me, que quando tinha um programa, na sequencia "Fora Futebol", sempre que criticava a Coelce, ou falava sobre essa venda curiosa, recebia telefonemas de pessoas ligadas ao grupo político do ex-governador.

Duas vezes fui ameaçado de morte por tocar nesse assunto.
No Brasil, tucano é inimputável.
Pode fazer qualquer coisa que o braço da justiça não o alcança.
Nesse momento sou só um blogueiro curioso!
 

BLOG MARTINS ANDRADE E VOCÊ–DIREITO DE RESPOSTA. ESSA É A LEI.

"Um repórter experiente da Folha, Rubens Valente, conseguiu acreditar numa reportagem da Veja.

Esta é a surpresa da história: um jornalista veterano usar a Veja como fonte." Paulo Nogueira

Se um jornalista com vários anos de janela, caiu na esparrela da reportagem da Revista Veja e a citou em sua matéria, imagina o cidadão que vai ao médico e lá abre a revista enquanto espera sua vez de ser atendido; imagina a dona de casa que vai ao dentista, e igualmente, espera sua vez, lendo as matérias que Veja publica.

Como ficam os cidadãos que não tem tempo de pesquisar uma informação ou uma matéria publicada pela Revista Veja, e saem por aí, compartilhando coisas publicadas pela revista, praticando assassinato de reputação, repercutindo mentiras?

Essa é uma das virtudes do direito de resposta.

O cidadão que teve sua reputação agredida, assassinada, ter o direito de usar o mesmo veículo que o destratou, para se defender!…

E no prazo de dez dias!.

Não tem essa de esperar 12 anos, como aconteceu com um cidadão paulista, que teve sua reputação atingida por uma matéria da Folha, entrou na justiça e passou 12 anos para ter esse direito.

Quando sua resposta foi publicada, o leitor não sabia nem do que se tratava!

E o que Rubens Valente publicou, endossado por uma reportagem de Veja?

O jornalista escreveu na Folha, que um lobista preso na Operação Lava Jato, disse que tinha cedido uma sala para Fábio Luis, filho de Lula, trabalhar. Que ele, o lobista, havia confirmado essa informação para a Revista Veja. E leu na Revista Veja essas matérias.

Era mentira. A Veja mentiu, novamente, e levou um jornalista experiente na conversa.

O jornal Folha de São Paulo publicou um desmentido. Mas isso não encerra o direito de resposta, que pode envolver até compensação financeira.

A nova lei vai criar no jornalista, nas editorias de jornais, televisão, rádios, mais reponsabilidade ao editar e publicar fatos.

Daqui pra frente, mesmo em veículos tradicionalmente reconhecidos como de oposição, a notícia se aproximará mais da verdade.

Na mídia, o direito de resposta agora é uma realidade.

Essa é a lei. 

 

BLOG MARTINS ANDRADE E VOCÊ–A DEMISÃO DE UM JORNALISTA E AS RAZÕES DE JOSEPH PULITZER

"Os médicos se acham deuses. Nós (jornalistas) temos certeza!"  Sidney Rezende. (Grifo nosso).

De vez enquanto, temos escrito e publicado em nosso Blog Martins Andrade e Você, algo sobre o “sequestro de Informação”, que a mídia brasileira faz em relação ao governo do PT. O atual e anterior.

Esse “sequestro” induz ao leitor ou consumidor a ter uma opinião distorcida da informação que recebe.

E isso tem acendido o ódio, despertado rancores e fabricado cidadãos com alto grau de intolerância aos que se acham dentro daquilo que a imprensa define como inimigo.

A mídia, com suas colocações, tenta humilhar os eleitores que acreditaram num pensamento político em detrimento de outros, que não os aceitam.

Na imprensa brasileira, vez por outra, um desses profissionais tem se insurgido contra o estabelecido pelas editorias e redações.

Mas tem perdido o emprego.

Sidney Rezende foi o último.

O jornalista foi demitido do Sistema Globo.

Atualmente, Sidney Rezende trabalhava no GloboNews e foi um dos fundadores da Rede CBN.

O jornalista perdeu o emprego por escrever este texto, que republicamos abaixo para os amigos do Blog Martins Andrade e Você.

Sidney Rezende está indo embora, mas lá, no Sistema Globo ficarão todos os outros; que continuarão a escrever matérias conforme as pautas de seus patrões.

E mais uma vez Joseph Pulitzer tem razão: ”Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.

12/11/2015 09h54

Chega de notícias ruins

Sidney Rezende

Em todos os lugares que compareço para realizar minhas palestras, eu sou questionado: "Por que vocês da imprensa só dão ‘notícia ruim’?"

O questionamento por si só, tantas vezes repetido, e em lugares tão diferentes no território nacional, já deveria ser motivo de profunda reflexão por nossa categoria. Não serve a resposta padrão de que "é o que temos para hoje". Não é verdade. Há cinismo no jornalismo, também. Embora achemos que isto só exista na profissão dos outros.

Os médicos se acham deuses. Nós temos certeza!

Há uma má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia. A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo.

O "ministro" Delfim Netto, um dos mais bem humorados frasistas do Brasil, disse há poucas semanas que todos estamos tão focados em sermos "líquidos" que acabaremos "morrendo afogados". Ele está certo.

Outro dia, Delfim estava com o braço na tipoia e eu perguntei: "o que houve?". Ele respondeu: "está cada vez mais difícil defender o governo".

Uma trupe de jornalistas parece tão certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também.

O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever.

Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e "soluções" que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.

Reconheço a importância dos comentaristas. Tudo bem que escrevam e digam o que pensam. Mas nem por isso devem cultivar a "má vontade" e o "ódio" como princípio do seu trabalho. Tem um grupo grande que, para ser aceito, simplesmente se inscreve na "igrejinha", ganha carteirinha da banda de música e passa a rezar na mesma cartilha. Todos iguaizinhos.

Certa vez, um homem público disse sobre a imprensa: "será que não tem uma noticiazinha de nada que seja boa? Será que ninguém neste país fez nada de bom hoje?". Se depender da imprensa brasileira, está muito difícil achar algo positivo. A má vontade reina na pátria.

É hora de mudar. O povo já percebeu que esta "nossa vibe" é só nossa e das forças que ganham dinheiro e querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação.

Nós devemos defender princípios permanentes e não transitórios.

Para não perder viagem: por que a gente não dá também notícias boas?

BLOG MARTINS ANDRADE E VOCÊ–STF, ÓRGÃO JUDICANTE OU ANTRO DE NEGÓCIOS?

Um Ministro – Gilmar Mendes, que vende negócios a partir de seu gabinete no Supremo Tribunal Federal;

Um Ministro – Joaquim Barbosa, que montou seu negócio, cuja sede era seu Gabinete no Supremo Tribunal Federal;

Um Ministro – Gilmar Mendes, que recebe verba de patrocínios para seu negócio, de empresas que tem causas no Supremo, onde ele, como Ministro, terá que julgar ou participar do julgamento;

Um Ministro, Joaquim Barbosa, que criou uma empresa fantasma, e adquiriu um imóvel no exterior, usando essa empresa, cuja sede era seu Gabinete no Supremo;

Ao usar um gabinete do Supremo para criar uma empresa fantasma, Joaquim Barbosa fez exatamente aquilo que os réus, por ele julgados e condenados, fizeram. E ele, como Ministro, se blindou nos interiores do STF;

Ao receber patrocínio financeiro de empresas, que têm processos em julgamentos no Supremo Tribunal Federal, e alavancar seus negócios, o Ministro Gilmar Mendes incorre no mesmo crime que já são citados vários dirigentes da Petrobrás e políticos, como receptor de propina, posto que, não se sabe a origem desse dinheiro, como mesmo frisou o Ministro por ocasião da “vaquinha” feita para pagar a multa do José Genuíno.

Uma empresa que financia um Ministro, que vai julgar seus processos, está incorrendo em que crime? É dinheiro limpo (lavado) ou sujo (propina)?

O Supremo Tribunal Federal é um órgão judicante de último grau de recorrência, ou um antro de negócios que encurta caminho para seus membros enriquecerem?

Se prevalecer esta definição, está explicado o porque de tanta gente rica ter “facilidades” ali, como bem frisou Daniel Dantas, quando foi preso na Operação Satiagraha.